Você sabia que a história da hipnose remete a uma técnica terapêutica milenar?
Hoje, a Hipnoterapia é considerada uma das maneiras mais eficientes de restabelecer a saúde emocional para viver uma vida equilibrada.
Ao contrário de algumas terapias que podem levar anos para apresentar resultado, a grande maioria dos tratamentos com hipnose depende de poucas sessões para o paciente comprovar as melhorias.
A hipnoterapia é ideal para tratar mazelas como depressão, ansiedade, fobias, vícios, tiques, obesidade e dificuldades de aprendizagem. A história da hipnose tem origem há milhares de anos.
Neste artigo, vamos conhecer os caminhos e motivos que levaram as primeiras civilizações a estabelecer uma comunicação direta com o subconsciente e reverter padrões limitantes.
Para enriquecer sua leitura, deixo disponível mais um material disponível para download a respeito de um dos “pais” da hipnose médica: A indução de Dave Elman.
História da hipnose nas primeiras culturas
Há muito tempo, no Egito Antigo, por volta de 1500 A.C. , sacerdotes recorriam a procedimentos hipnóticos para a cura de doenças e dores.
Embora na época ainda não se chamasse hipnose, ou existisse algum termo técnico para definir tais procedimentos, houve registros que relatavam o alívio a pessoas enfermas.
Na Grécia Antiga, o diagnóstico e a cura dos doentes ocorria por meio de técnicas de relaxamento do corpo. A esse estado onírico, os gregos dos templos de Asclépia chamavam de sono divino.
As imagens que surgiam no estado de semiconsciência, entre a vigília e o sono, sugeriam a cura para determinados males que o paciente estivesse enfrentando.
A partir daí, sábios e filósofos desse período acreditavam que a imaginação tinha poderes de cura.
A história da hipnose, na antiguidade, tinha um quê de mistério e misticismo. Isso só passou a ser desmistificado a partir do século 18, com as primeiras experimentações científicas.
História da hipnose com a ciência
O médico austríaco Franz Anton Mesmer (1734-1815), chamado de “pai da hipnose”, acreditava que astros e corpos são interligados por um fluido magnético.
Após várias experiências com ímãs, percebeu que o próprio ser humano possuía um magnetismo próprio. Então, dispensou o uso de ímãs para privilegiar o poder do organismo.
O procedimento era usado para curar dores e anestesiar corpos em cirurgias.
Em homenagem ao próprio médico, foi batizado de Mesmerismo. Os pacientes entravam em transe hipnótico, e tal método reunia falhas e sucessos.
A repercussão desse trabalho obrigou a Comissão da Sociedade Real de Medicina e da Academia de Ciências, em 1784, a estudar o fenômeno.
Os mais renomados médicos e cientistas fizeram experiências e concluíram que não existia magnetismo humano. Todo o processo de cura era fruto da imaginação.
Apesar de ter caído em descrédito, o trabalho de Mesmer inspirou outros médicos. Entre eles, o escocês James Braid, considerado o iniciador da Hipnose Científica, que atuou no século 19.
Braid classificou a hipnose como se fosse o “sono do sistema nervoso”. Essa constatação deu origem ao termo usado hoje, “hipnose”.
Mais tarde, o próprio médico descobriu que estava equivocado, pois é no estado hipnótico que o sistema nervoso mais trabalha nos sentidos psíquico e mental.
De fato, não há relação entre o estado de sono e aquele encontrado na hipnose.
Braid utilizou da hipnose para manter seus pacientes anestesiados durante cirurgias e ensinou a alguns como se auto-hipnotizar.
As Escolas de Charcot e de Nancy
A hipnose continuou a ser estudada, embora seus fenômenos muitas vezes fossem mal interpretados.
Na verdade, a Hipnoterapia gera opiniões controversas entre a comunidade médica e descrença por parte da sociedade graças aos muitos mitos da hipnose.
São verdadeiros clichês que impedem as pessoas de alcançarem uma vida plena por desconsiderarem o verdadeiro valor terapêutico da técnica.
Leia sobre os “8 grandes mitos da Hipnose que você ainda acredita” aqui.
Na França, duas escolas seguiam linhas distintas sobre a hipnose. A escola de Salpêtrière, liderada por Jean-Martin Charcot (1835-1893) e a escola de Nancy, comandada por Auguste A. Liebeault (1823-1904) e Hipolyte Bernheim (1840-19191).
A escola de Charcot relacionava a hipnose a comportamentos histéricos.
Por sua vez, a escola de Liebeault e Bernheim retomou o ponto de vista de Braid, defendendo a hipnose como um estado de consciência natural do ser humano.
De acordo com os estudos da dupla, a indução hipnótica ocorria por sugestão das imagens. Braid já tinha descoberto, porém, relacionava ao uso de magnetismo.
Hipnose no Brasil
Apesar de bastante antiga no mundo, a história da hipnose no Brasil é recente.
Desde o ano 2000, foi aprovado e regulamentado o uso de hipnose como “recurso auxiliar do psicólogo” pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP.
No entanto, a formação em hipnoterapia não está restrita a psicólogos e psiquiatras. Médicos, pedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas holísticos e muitos outros profissionais podem se formar hipnólogos.
Diversas dessas categorias contam com artigos em seus códigos de ética que instruem seu uso.
Além da finalidade terapêutica, também é útil para pesquisa e ciência.
Eu acredito no pleno potencial da hipnose, não como uma simples técnica de indução ou grito, mas como uma arte que pode ser ensinada, trabalhada e compartilhada, de maneira ética, segura e profissional.
Por isso, quero te convidar a continuar aprendendo sobre esse universo fascinante, comigo, Rafael Kraisch.
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Até a próxima!